Todos nós sobre o palco, numa moldura bem bonita, pois todos somos artistas! Foto: Bruno Pires |
Olá pessoal!
Finalmente consegui sentar para escrever sobre os dois últimos dias de Curso Livre. As aulas encerraram na última sexta-feira, 21 de fevereiro, mas estava tão exausta e emocionada com o turbilhão de coisas que aconteceram, que decidi dar um respiro no final de semana, antes de organizar as ideias e imagens sobre essa semana muito especial.
Os dois últimos dias não foram diferentes dos demais: turma lotada, nenhuma desistência, pessoal pontual e compenetrado nas atividades. Muita produção a partir da apostila que montei, com alguns dos meus trabalhos, tentei dar atenção a cada um individualmente sempre que pude. Mostrei muitas referências visuais, de artistas que curto até indicação dos melhores lugares para comprar, pois acredito que é pesquisando que se aprende desenho.
Para o último dia, cada um deveria pensar num projeto para ser apresentado numa exposição, utilizando as técnicas aprendidas durante os encontros. Para minha surpresa, houve um salto imenso entre o primeiro dia (no qual os trabalhos já estavam bons) e o último: pude notar que os alunos apuraram seu senso crítico, o traquejo com o lápis, as peculiaridades do material, dentre outros. Perderam o medo: de perguntar, de fazer, de superar os próprios limites. Como arte/educadora, não há constatação melhor.
Também no último dia, fiz o sorteio de uma ilustração original, e a ganhadora foi justamente a aluna mais experiente de todas: dona Nelly, mais de 80 anos e vontade de aprender a mil por hora. Essa diversidade não só de idades, como de vivências, fez com que a Lidiane que entrou no dia 17 para sua primeira aula parecesse uma boba, perto da Lidiane que saiu no dia 21: moída, cansada, com dores por todas as partes do corpo, mas com o coração transbordando felicidade, entre pedidos de "quando vai ser o próximo curso?". Nestes cinco dias, a professora reencontrou a artista, que reencontrou a sonhadora, esquecida na rotina burocrática da vida acadêmica.
Quando a Andréia entrou em contato comigo pela primeira vez, fiquei eufórica mas, ao mesmo tempo, receosa: e se ninguém quisesse se inscrever num curso de desenho ministrado por mim? Quando as inscrições abriram e a primeira semana passou, sem muitos interessados, o pavor foi tomando conta: e agora? Quando as inscrições terminaram, todas as vagas estavam preenchidas, com direito a lista de espera. 17 pessoas foram religiosamente todos os dias, das 18h às 20h, ouvir o que eu tinha a dizer e desenhar comigo. Não tenho como colocar isso em palavras (estou tentando desde que sentei aqui para escrever este post!).
Foto e depoimento da querida Suellen: "De uma bonequinha desengonçada a um esboço de arte mais transcendente, uma menina que pensava corvos! Esse curso de desenho foi DEMAIS! :)" Muito amor! |
Os resultados de toda essa experiência poderão ser conferidos a partir do dia 11 de março (a confirmar), na Mundo Moinho Casa das Artes, através de uma exposição com os trabalhos finais, e imagens de cada desenho produzido durante os encontros. Com direito a uma segunda edição das gostosuras ou travessuras (como na exposição Catrinas), voz e violão, apresentação dos alunos e tudo o que há de bom. Agradeço imensamente à Andréia e ao Bruno, da Mundo Moinho, e a cada um que não só participou deste curso, como quem quer mais!
Abraços,
Lidiane :-) - se sentindo realizada
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