Talvez uma das coisas que eu mais ouça sobre minha aparência (por que o corpo da mulher é sempre alvo de julgamentos), diz respeito às minhas olheiras. "Ai, tu estás com umas olheiras tão grandes hoje", diz aquele ou aquela que acha estar me fazendo um favor em avisar sobre algo que está no meu rosto desde a infância. Aí vem a falsa preocupação: podes estar doente, podes estar cansada, podes não ter dormido direito. Não, meu bem. Eu apenas TENHO olheiras. Elas são parte de mim. Não são indicativo de nada. E não te dizem respeito.
Para o terceiro dia de desafio, resolvi fazer uma mulher com orgulhosas olheiras, com olhos de ressaca. Presto uma homenagem também ao calo que tenho no nariz, devido aos anos usando pesados óculos. Penso que diversificar a representação de minhas figuras passa também por enxergar minhas próprias particularidades (que a sociedade teima em chamar de "defeitos") de outra forma.
Utilizei caneta nanquim, caneta hidrocor (um parto achar uma caneta preta que funcionasse hahaha) e grafite sobre papel kraft. E fiquei emocionada com as manifestações de carinho lá no Instagram.
Abraços,
Lidiane :-)
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