A primavera começa no próximo dia 22 e, embora o país e o mundo pareçam ter mergulhado na idade das trevas, eu quero acreditar que existem motivos para florescer e tentar mudar a nossa realidade. Um exemplo disso é a flor de lótus, um dos Símbolos Auspiciosos Tibetanos: apesar de crescer num ambiente enlameado, ela surge intocada pela sujeira, por isso, representa a pureza. Talvez essa ilustração seja um pouco sobre isso.
Recentemente comecei a leitura de Lua Vermelha, da Miranda Gray, por indicação da artista Amanda Roosevelt, e estou achando muito interessante a conexão que a autora faz entre o ciclo menstrual da mulher e suas energias criativas. Ainda estou nos primeiros capítulos, mas já chamou atenção o conceito de ideias-filhas; da capacidade da mulher gerar não só crianças como também ideias que se propagam no mundo. Certamente voltarei a falar desse livro aqui assim que terminá-lo. Mas vamos à ilustra:
Acredito que esse será o último trabalho pessoal finalizado que posto no blog antes do Inktober, que vai começar logo, logo. Estou ansiosa, já escolhi o sketchbook, o tema e os materiais, e em breve farei uma postagem contando como vai ser, assim como nos anos anteriores. Trabalhei no papel Moulin DuRoy satinado e sem muitos fricotes: uma aguada bem grande de payne's gray para os cabelos (com as flores isoladas por máscara) e aguadas menores no rosto. Para dar acabamento, lápis de cor e caneta multiliner. O resultado:
Materiais utilizados
- Papel para aquarela Moulin DuRoy satinado;
- Aquarelas Cotman e Van Gogh;
- Pincéis Keramik pelo sintético;
- Lápis de cor Polycolor;
- Multiliner Copic;
- Máscara para aquarela Pébeo.
Essa ilustração, bem como o Pennywise da postagem anterior, já estão disponíveis no meu studio no Colab55 e, em breve, lançarei um frete promocional, pois as agendas 2018 já chegaram (mesmo modelo das 2017 - veja aqui). Não esqueça de seguir e deixar um ❤ na sua arte favorita, ajuda muito na divulgação.
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Adorei essa pintura e o conceito que deu embasamento para ela. E essa ideia, das ideias serem criaturas geradas pela(o) artista, também é bem interessante. Nunca pensei nisso, apesar de tratar algumas das minhas pinturas como filhas e filhos. A maioria, quando chega no fim do ano, geralmente, eu destruo ou dou aos meus sobrinhos, mas tem umas que fazem parte de um panteão sagrado e intocado. Uma delas é a do Octorok (http://www.mcexpart.com.br/2016/05/octorok-guache.html), que foi a primeira pintura realista com guache que apresentou um resultado satisfatório para mim. Então não dá para destruir algo assim.
ResponderExcluirOutra coisas que achei interessante, foi a textura desse papel em contato com a aquarela. Tem toda personalidade...
Pensei em participar do Inktober esse ano, preciso amadurecer essa ideia e ver se consigo ao menos chegar ao meio do desafio.
Abração!
Oi Mateus, obrigada! Eu não tinha o hábito de guardar trabalhos antigos, da época de faculdade só fiquei com a pasta da oficina de desenho, mas desde que voltei a desenhar tenho guardado até os rascunhos e ideias que não chego a desenvolver logo de cara, mas que depois de um tempo ficam bem interessantes.
ExcluirEssa textura do payne's gray fica muito legal por causa da granulação da tinta, a minha é da Cotman, não sei se de outras marcas ficam do mesmo jeito.
Entre escrever esse post e o comentário já mudei de ideia 1000x em relação ao inktober, mas o importante é que vai sair hehehehhehe
Abraços!
Que bom que tu curtiu a indicação do livro, ele também me inspirou muito!
ResponderExcluirA ilustração ficou incrível! Espero que tempos mais floridos estejam por vir também.
Oi Amanda, estou adorando o livro! A linguagem é acessível e a Miranda tem uma escrita fluida e gostosa de acompanhar.
ExcluirBeijão!