Ano passado fui convidada pelo Zé Roberto Graúna (que já havia cuidado da exposição Elas por Elas - as atletas brasileiras por nossas artistas, de 2016) para uma exposição em Campinas, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. A ideia era retratar uma mulher de destaque na história do Brasil, e eu escolhi homenagear minha conterrânea, a médica Rita Lobato. E como o 8 de março está próximo e o tema de março do Girls Artist Gang é mulheres que mudaram o mundo, resolvi unir as três coisas. Abaixo, uma pequena biografia de Rita:
Rita Lobato Velho Lopes (Rio Grande, 7 de junho de 1866 — Rio Pardo, 6 de janeiro de 1954) foi a primeira mulher a exercer a Medicina no Brasil. Frequentou o curso secundário em Pelotas e demonstrou, desde cedo, vocação para a Medicina. Mas, apesar de um decreto imperial de 1879 autorizar às mulheres a frequentar os cursos das faculdades e obter um título acadêmico, os preconceitos da época, que relegavam às mulheres a uma função doméstica, falavam mais forte.
Rita matriculou-se inicialmente na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, transferindo-se depois para a Faculdade de Medicina de Salvador, na Bahia. Determinada em obter o título de médica, venceu a hostilidade inicial dos colegas e professores, conquistando aos poucos sua simpatia, até receber do corpo docente da tradicional faculdade baiana as maiores considerações. Em 1887, tornou-se a primeira mulher brasileira e a segunda latino-americana a obter diploma de médica, após defender tese sobre a operação cesariana.
Após a formatura, retornou ao Rio Grande do Sul, onde casou com Antônio Maria Amaro Freitas, com quem teve uma única filha, Isis. Clinicou em Porto Alegre durante algum tempo, mas acabou por se radicar em Rio Pardo, onde exerceu a profissão de 1910 a 1925. Foi eleita vereadora pelo Partido Libertador em 1935 e exerceu seu mandato até a implantação do Estado Novo em 1937, que fechou as câmaras municipais. Passou o restante de sua vida na Estância de Capivari, em Rio Pardo. Faleceu aos 87 anos de idade. (Fonte: Wikipedia)
Materiais utilizados: papel para aquarela Hahnemühle, e meus materiais de arte favoritos. A ilustração foi elaborada em tons de sépia pois não encontrei fotografias em cor para utilizar como referência.
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