Finalmente chegou o momento de começar minha expedição pelo Mermay 2018! Para quem não sabe do que estou falando, vá até o post do ano passado, no qual explico sobre a origem desse projeto, que consiste em desenhar uma sereia por dia, durante o mês de maio. Como não conseguirei seguir à risca o desafio, me propus a ilustrar uma sereia por semana, assim como também fiz ano passado.
Decidi aquarelar todas as sereias dessa vez, para unir treino de anatomia com o de pintura. Acredito que todos esses projetos mensais são excelentes oportunidades para exercitar nossos conhecimentos. Também aproveitei para testar as aquarelas da Maimeri, que comprei há pouco tempo.
Tenho uma pasta no Pinterest só com referências de sereias, e preferi utilizar aquelas nas quais as modelos estão submersas. Também tenho pesquisado formatos de barbatanas de peixes, para sair daquele formato de cauda "Ariel". Vou tentar deixar as figuras mais fluidas, evitando a dobra do joelho (como diria o Hiro, sereia não tem joelho).
Marquei todos os valores com um lápis de cor da Stabilo 3B (esse lápis começou a ser vendido recentemente aqui no Brasil, o meu comprei há 8 anos atrás, no Uruguai) e depois segui os passos de sempre com a aquarela. Só que, dessa vez, estava testando as da linha Venezia, da marca italiana Maimeri. Comprei um estojo lindo de 12 cores para afogar as mágoas (sabe quando a gente se joga numa compra meio às cegas? Então...) e fiquei com muito medo de ter desperdiçado uma quantia considerável de dinheiro, mas felizmente fui surpreendida positivamente.
A consistência das aquarelas Venezia (linha estudante da Maimeri) é bem parecida com as da Sennelier, um pouco menos espessa, mas mais encorpada do que a Van Gogh. As cores são muito vibrantes, e o estojo alterna bem entre as opacas e as translúcidas. Os azuis e verdes misturaram muito bem entre si para criar o tom do mar, bem como os marrons e ocres para a pele. O único porém é o tubo de aquarela preta, totalmente dispensável, mas que acabei utilizando nos cabelos, mesmo assim, já que estava testando.
As aquarelas da linha Venezia que comprei vêm num estojo plástico super resistente, com 12 tubos de 15ml cada, ou seja, é aquarela que não acaba mais. A cartela de cores é bem versátil, eu só trocaria o preto pelo payne's grey e o laranja por um dioxazine, aí sim ficaria perfeita. O resultado:
Materiais utilizados
- papel para aquarela Moulin DuRoy grana fina, 300g;
- aquarelas Maimeri;
- lápis grafite Stabilo Othelo 3B;
- Lápis de cor Polycolor;
- Canetas Copic, Sakura e Pentel para os detalhes.
Na próxima segunda-feira tem mais Mermay por aqui e, ao longo da semana, vou postando os processos da segunda ilustra pelo Instagram (se possível).
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Lidy, a Ilustra ficou muito bonita.
ResponderExcluirAdorei essa técnica de grafite para os valores e a cor em aquarela. Vou experimentar isso depois.
Ta aí um material que não domino, aquarela tradicional, mas essas que testou, parecem ser muito boas. Qualquer hora dessas, adquiro uma aquarela profissional. Estou preferindo esses materiais, aos escolares. Cansei de quebrar a cabeça para obter bons resultados com materiais inferiores. Depois que conheci os lápis Supracolor da CaranDache, percebi que há uma gigantesca diferença entre um e outro.
Abração!
Obrigada, Mateus! Sempre marco os valores com grafite antes de aquarelar, aprendi com a Sabrina e nunca mais deixei de fazer.
ExcluirEssa aquarela é realmente muito boa, fiquei com receio de ser uma porcaria e eu ter jogado dinheiro fora, mas para ser linha estudante está bem acima da média. Vi resenhas (a maioria no youtube gringo) tecendo altos elogios para essa marca, e não é papo de blogueira. Vale o investimento e já quero juntar uma grana pra comprar pelo menos umas duas da linha profissional.
Eu sempre falo que o material escolar até te dá certos resultados, mas o tanto que você se desgasta para chegar até eles, sendo que com o material profissional isso é muito mais rápido, acaba sendo contraproducente. Muita gente critica quem faz resenha comparando material caro x barato, dizendo que o "bom artista" trabalha com qualquer coisa mas, convenhamos, quem não gosta de trabalhar com material de primeira? E faz diferença, sim.
Da Caran Dache tenho o aquarelável comum e é muito macio e gostoso de trabalhar, as cores são vibrantes e a mina super resistente, vou pesquisar mais sobre o Supracolor.
Abraços!
kkkkk Eu era um defensor fervoroso dessa ideia. Com esforço, o artista realmente se faz com o que tem, mas se ele tiver coisa melhor à disposição, fica bem mais fácil. Nossa, lembro de quando testei os lápis de cor escolares da Bic, tive que apelar para o Canson Desenho 200 que é quase uma lixa de parede para a mina, para obter um resultado satisfatório. Depois disso, nunca mais toquei nos lápis.
ResponderExcluirEsse Supracolor II Soft, é aquarelável e a mina dele dissolve no susto. É extremamente macia mesmo. Se não custasse um pulmão, já teria comprado uma caixa com 36 cores fácil. kkkkkk E olha que só tenho três lápis, o branco, o verde água (195) e o marrom queimado (047) que é uma espécie de cinza quente.
Gostei mesmo da técnica. Depois vou testar...
Abração!
Pois é, é o mesmo caso quando a Ana Blue compara a aquarela da Pentel com outras da linha estudante ou profissional. Sempre vem uma onda de ódio dizendo que ela não sabe pintar, quando na realidade ela está querendo dizer que com aquele material você vai ter um resultado limitado, enquanto com os demais pode atingir outros patamares de pintura.
ExcluirMaterial artístico continua muito caro no Brasil, fui dar uma olhada no preço da caixa com 50 lápis desses da Faber e está custando R$ 98, muito mais pelo hype do que pela qualidade do produto (é escolar!).
Eu acho que acabou se criando um nicho de mercado igual maquiagem, por conta de tantos youtubers ilustradores, que recebem produtos das empresas para resenhar. Meu sonho é que a amazon daqui tenha mais produtos de papelaria artística por um bom preço, mas por enquanto está bem fraquinha.