Seguindo na minha busca pessoal pela melhor representação possível da Marilyn Monroe (aqui, uma de 2018), no final do ano passado consegui fazer um rascunho satisfatório baseado numa foto e, desde então, vinha pensando nas melhores maneiras de finalizar.
Aquarelar não era uma opção, pois acho que não combinaria. Então, fui estudando o rascunho cuidadosamente, deixando que ele "falasse" comigo antes de tomar uma decisão. Essa "escuta" que tenho feito com meus rascunhos tem sido bastante positiva. Sinto que dou tempo para o trabalho e dou tempo para mim mesma, sem cobranças. Por fim, resolvi usar um sketchbook novo que comprei, tamanho A4, da linha Académie, Tilibra.
Passei o rascunho para o sketchbook com o auxílio da minha mesa de luz. Em tempo: há alguns anos já não utilizo mais a mesa artesanal que ensinei num vídeo. Hoje em dia, uso uma mesa de led A4 da Criativo. Se eu recomendaria a compra de uma mesa profissional? Depende da sua necessidade. Se você é amador, existem vários tutoriais no YouTube ensinando mesas artesanais e gambiarras com tela do computador/tablet. Se você desenha profissionalmente e tem uma demanda grande de trabalhos, talvez seria interessante considerar o investimento numa mesa de led, que não é das mais baratas. Vale a pena pesquisar os preços e modelos disponíveis no mercado.
Depois de passado a limpo, comecei a trabalhar com lápis grafite. E tive que fazer vários ajustes no cabelo, que mais parecia o capacete da Cassandra do Sai de Baixo... Ainda bem que as folhas 150g do sketchbook são muito boas para apagar e praticamente não deixaram marcas. Na etapa acima, ainda é possível ver o penteado antes de sofrer alguns ajustes. Nesse ponto, eu também ainda não tinha decidido como colorir as flores, processo que levou mais alguns dias.
Depois de resolvido o retrato, parti para o restante. Recentemente me interessei por colagem (até comprei um livro com imagens vintage exclusivas para esta técnica). Então pensei em dar um efeito colagem através das flores, fazendo um acabamento mais plástico e contrastante com a figura em grafite. Escolhi tons de amarelo e laranja, pois rosas vermelhas ficariam muito clichês. O arco no entorno da figura teria apenas um contorno dourado, mas decidi colorir em dois tons de rosa para ressaltar a diferença entre os elementos (a imagem de uma diva hollywoodiana/ flores artificiais/ degradê). Para completar o aspecto de colagem, inseri dois elementos digitalmente, imitando folhas de jornal rasgadas. Achei que o tom ficou perfeito para o efeito que eu pretendia alcançar. O resultado:
Materiais utilizados
- sketchbook Académie, Tilibra;
- lápis grafite Koh-I-Noor 3B;
- lápis de cor Rijks Museum, Bruynzeel;
- mesa de luz Criativo, para transferir o rascunho;
- borracha Mono Zero para abrir pontos de luz;
- verniz Corfix para segurar tudo;
- finalização digital no Photoshop.
Quem gostou dessa ilustra pode ir até meu studio na Colab55 e conferir os produtinhos que preparei com a estampa da diva! E no meu Instagram tem um destaque com wallpaper de celular para printar.
Mais do que ficar realista, eu gostaria que essa homenagem à Marilyn representasse sua atemporalidade e influência direta na cultura pop, que perdura até os dias de hoje. Um dos rostos mais conhecidos de todos os tempos ainda dita moda, se adapta às tendências e é eternamente lembrado, justamente por ser único.
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