Mermay 2024: As Fórcidas

27/05/24

 


Para o Mermay desse ano, pensei em algo temático como o Calendário do Advento que fiz ano passado. Sereias podem ser um assunto bem batido, mas depois que li o maravilhoso livro A Deusa Tríplice: em busca do feminino arquetípico, do Adam Mclean, tive a ideia de representar as Fórcidas, que são grupos de deusas tríplices, nascidas das antigas divindades do mar, Fórcis e Ceto.


Além desses seres mitológicos, a inspiração também veio das cerâmicas gregas, mais precisamente dos vasos de figuras vermelhas sobre fundo preto. Acho bem difícil trabalhar com uma cartela tão reduzida assim, por isso acabei pegando algumas referências para me auxiliar, como esta:


Exekias Amphora, Achilles and Ajax Engaged in a Game. Fonte

Todas as ilustrações foram feitas digitalmente, utilizando o Infinite Painter. Ainda vou falar sobre como está sendo minha experiência no tablet (e confesso estar bastante enferrujada nessa empreitada).


Na semana 01 ilustrei as Górgonas, três irmãs que viviam na extremidade ocidental do mundo, na fronteira com o reino da Noite. Eram Medusa, Esteno e Euríale. Após ser punida por Atena, Medusa e as irmãs foram transformadas em monstros de pele escamosa, com cobras pelos cabelos e olhar petrificante.


Na semana 02 ilustrei as Greias, que são descritas algumas vezes como belos seres com corpo de cisne, em outras como “As três velhas”, com cabelo grisalho, um único olho e um único dente que compartilhavam entre si. Seus nomes eram Ênio, Penfredo e Dino.


Na semana 03 ilustrei as Harpias, palavra que significa “arrebatadora”. As harpias são seres com corpo de pássaro e cabeça de mulher. Estão relacionadas com o elemento ar e são a personificação dos ventos tempestuosos. As três harpias são Aelo, Celeno e Ocípete.



Por fim, na semana 04, cheguei nas Sereias, nomenclatura derivada de uma raiz grega que significa “prender ou vincular”. Seus nomes diferem, de acordo com a história de origem. Aqui adotei a versão italiana: Partênome, Leucósia e Lígia. As sereias são servas de Perséfone e levam as almas até o submundo, atraindo marinheiros para os rochedos com seu canto arrebatador.


Todas as definições e nomes foram retiradas do supracitado livro, e sei que existem outras fontes, com outros mitos de origem e outras interpretações. Estas foram as que adotei criativamente para a série de ilustrações. A partir de agora, pretendo me dedicar mais ao estudo da ferramenta digital, e não focar tanto em trabalhos acabados.

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